Mateus 24.11: E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
PREGADOR WALLAS SARAIVA
sábado, 5 de setembro de 2009
Falsos profetas - como reconhecê-los
Mateus 24.11: E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Quem é você? (por Pregador Wallas Saraiva)
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Templo do Senhor ou Casa do Senhor?
terça-feira, 25 de agosto de 2009
LULA QUER FECHAR ACORDO COM VATICANO
(Veiculado nos principais e maiores jornais e revista do País em 25 de agosto de 2009).
O Governo brasileiro enviou à Câmara dos Deputados a mensagem 134/2009 que reconhece o estatuto jurídico da Igreja Católica. Após a mensagem ser apreciada em uma das comissões para a qual foi enviada, seja aprovada ou não, transforma-se em projeto de decreto legislativo, recebendo o nº 1736/2009. No plenário da Câmara, a pedido dos líderes partidários, foi aprovada a caráter de apreciação urgente, urgentíssimo.
Com muito respeito aos senhores deputados, será que não existe matérias mais relevantes a serem discutidas de maneira urgente em benefício de todo o povo brasileiro? Isto é um absurdo! Na verdade, este acordo beneficia a Igreja Católica na evangelização do povo brasileiro nos diversos segmentos da sociedade, incluindo hospitais, escola e forças armadas.
O mais grave é que este acordo contraria o inciso 1º, do artigo 19, da Constituição Brasileira, que diz: "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relação de dependência ou aliança, ressalvadas na forma da lei, a colaboração de interesse público".
A nossa nação não pode firmar aliança com qualquer credo religioso, ferindo o princípio da laicidade, inclusive com a quebra da isonomia nacional! Aproximadamente 70 milhões de brasileiros, que não são católicos, estão sendo discriminados. Temos a convicção de que a maioria do povo católico não concorda com um absurdo dessa grandeza, porque são pessoas democráticas.
Com a aprovação deste acordo ficará a Santa Sé, por meio da CNBB, com plenas condições de fechar acordos com o governo brasileiro, sem que jamais tenham de passar pelo Congresso Nacional. É um verdadeiro "CHEQUE EM BRANCO" para a Igreja Católica. Isto é uma vergonha!
Senhores deputados, não aprovem este acordo. Fiquem certos de que não mediremos esforços para informar a todos os credos religiosos quem são os deputados que votaram a favor deste acordo discriminatório.
Estendemos o eco da voz deste manifesto ao Senado da República, próxima casa legislativa que terá de apreciar o resultado apurado pela Câmara dos Deputados.
Tenham a absoluta certeza de não temos memória curta e que vamos pensar muito bem em quem vamos votar nas próximas eleições para Deputado Federal, Senador e Presidente da República.
EM FAVOR DO ESTADO LAICO, DIGA NÃO AO PDC 1736/2009.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
MORTOS PARA O SISTEMA HUMANO, VIVOS PARA O PROJETO DE DEUS - Por Pregador Wallas Saraiva
POBRES DE ESPÍRITO - Por Pregador Wallas Saraiva
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
GUARDA O QUE TENS - LAURIETE
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Não há mais acusação para quem está em Jesus
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Cruzada Evangelística Vassouras para Cristo - benção para Vassouras
Mercadores da Fé
Mercadores da Fé
2. Co 2.17
“ Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus”
Hoje infelizmente as palavras de Paulo se tornam mais reais entre nós do que na igreja de Corinto. O puro Evangelho tem sido mistificado, e pior, mercadejado, comercializado. Em nosso tempo, os pregadores não se preocupam em manter a pureza da Palavra, hoje falar do nosso Senhor Jesus não significa mais falar do plano de salvação proposto por Deus através do sacrifício de Seu Filho Jesus, da necessidade de arrepender-se e voltar para Deus. A necessidade de se santificar foi esquecida, e pior, os pregadores preferem falar mais de coisas supérfluas espiritualmente, que em nada edificam o crente espiritualmente, melhor, preferem falar de prosperidade, de bênçãos financeiras, de vitória sobre vitória, e até mesmo de barganhas com Deus, como se o dinheiro humano fosse capaz de comprar o dono do ouro e da prata. Com isso, vemos os escândalos em nome da fé mancharem a pureza do Evangelho; pregadores não pregam a palavra, mas o que dá dinheiro, o que trazem a estes riquezas, mansões, carrões, e popularidade. Ah se João Batista fosse vivo!!Este falava a verdade, e por isso, a multidão o ouvia, mesmo que este trouxesse, mediante a palavra, os pecados destes ouvintes ao conhecimento de todos. E não pousava em hotel cinco estrelas, não bebia água mineral, não usava terno de grife, nem cuidava de si como um popstar, suas refeições não tinham caviar, não tinham filet mignon, João batista não ‘’cobrava’’ para pregar, nem buscava sua glória, mas entendia que ‘’Jesus tinha de crescer, de aparecer, e ele, João batista, diminuir”. João foi o mais popular profeta....as pessoas iam ao deserto ver o homem que se vestia de pelos de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre...o povo não se importava se a pele deste pregador não tinha beleza...não se importava se seu cabelo era despenteado, nem se seus braços eram frágeis....o povo tinha sede da verdade, e essa era a palavra na boca de João....agora, queria saber porque os pregadores modernos querem credenciais, grife, hotel a 2.000,00 R$ a diária (que dá para sustentar muitos mendigos com refeições), viajar de 1ª. classe (e missionários no interior andam a pé, em lombo de cavalos), comer em restaurante de ponta com pratos à 200,00R$ (e os irmãos da igreja as vezes nem um ovo tem para comer), e pior, o mais cruel : esses ‘’pregadores’’ se tornaram mercadores da fé...reivindicam ser profetas de Deus, mas só entregam a mensagem se receberem dos homens 1.000,00, 2.000,00, 3.000.000 e até 40.000,00 ou mais para falarem o que receberam de graça....e ainda dizem que o trabalhador é digno de salário (enquanto os ‘’gurus’’ recebem essas fortunas, eu, você e nossos conservos em Cristo trabalham horas a fio para receber, em média, 16,00, 20,00 e no máximo, quando possuímos uma faculdade um doutorado, 100,00 e no máximo 250,00R$ por dia, dependendo da instituição); enquanto eles se enriquecem usando o nome de Deus, o povo passa fome, o irmão desempregado fica com o nome no SPC e ninguém o ajuda. A culpa disso é nossa, que quando os pastores anunciam que os ‘’mercadores’’ serão os preletores, concordamos sem protestar. Queria saber o porque que essa peste invadiu as igrejas. Queria saber de um pregador mercador porque ele não cobra menos, porque não aceita uma oferta de acordo com as condições da igreja. Concordo que muitos dos pregadores que recebem para pregar, possuem por trás deles um ministério sólido, com famílias missionárias a serem sustentadas, bem como financiam missões, projetos sociais, fundações filantrópicas...mas existem os picaretas, que pegam o dinheiro do povo e investem em si mesmos, e não estão nem ai para os pequeninos e suas necessidades. É tempo de voltarmos a praticar a caridade entre os santos, é tempo de olharmos para nossos verdadeiros objetivos quanto ao ministério a nós entregues. A Bíblia de Aplicação Pessoal (Créditos a CPAD), nas notas sobre 2Co 2.17, nos diz que “alguns pregadores da época de Paulo eram mascates ou falsificadores da Palavra de Deus que pregavam sem compreender a mensagem do Senhor e sem se importar com o que acontecia com os seus ouvintes. Não estavam preocupados em promover o Reino de Deus – queriam apenas dinheiro. Ainda hoje existem pregadores e ensinadores que se importam apenas com o dinheiro, e não com a verdade. Aqueles que verdadeiramente falam em nome de Deus devem ensinar a sua Palavra com sinceridade e integridade, e nunca pregar por razões egoístas (1 Tm6.5-10).
Ainda na carta aos Coríntios, no Capítulo 10.12, o apóstolo Paulo diz que “porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos e se comparam consigo mesmos estão sem entendimento” e no versículo 18 ele diz “aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor”. E você, pregador, o que tem gloriado? O que tem buscado? Qual o fundamento de seu ministério? Todos somos servos, e Jesus mesmos se colocou em posição de servo para nos dar o exemplo. Lavou os pés de seus discípulos demonstrando humildade. Vemos hoje os púlpitos se tornarem picadeiros, onde pregadores parecem palhaços em suas falácias e recadinhos para outros pregadores, como se alguém fosse melhor, mais espiritual do que outro. Puro orgulho, pura vaidade, pura palhaçada..e o povo assiste na platéia seus palhaços e aplaudem suas piadas e macaquices, já que Bíblia mesmo eles não pregam, profetizar da parte de Deus mesmo, eles não profetizam, pois falam do que seus corações estão cheios: inveja, ira, contendas, ódio, e até ameaças e maldições.
Que possamos ver, se, de fato, estamos buscando, através do santo ministério da palavra, cumprir o Ide de Jesus, buscando ver manifesta a glória de Deus, e sua graça crescendo e salvando através de Jesus Cristo, ou se estamos buscando interesses pessoais, fama, glória humana e enriquecimento ilícito. Que voltemos ao Evangelho, puro, onde a pregação consiste em manifestar o poder de Deus em Jesus Cristo ao homem pecador, salvando-o através da pregação.
Wallas Saraiva, acadêmico de Enfermagem e Auxiliar de Trabalho da Assembléia de Deus Ministério em Vassouras/RJ, Pr Fernando de Araújo Bastos.
domingo, 16 de agosto de 2009
A Igreja que não existe mais
“Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” At 2:43-47
Na época do surgimento da Igreja do Novo Testamento, a palavra igreja significava, apenas, uma reunião qualquer de um grupo organizado ou não. Assim, o texto nos revela que havia um grupo organizado em torno de sua fé (Todos os que criam estavam unidos) – todos acreditavam em Cristo.
Segundo o texto, os participantes do grupo do Cristo não tinham propriedade pessoal, tudo era de todos (tinham tudo em comum) – os membros desse grupo vendiam suas propriedades e bens e repartiam por todos – e isso era administrado a partir da necessidade de cada um; e se reuniam todos os dias no templo; e pensavam todos do mesmo jeito, primando pelo mesmo padrão de vida (unânimes); e comiam juntos todos os dias, repartidos em casas, que, agora, eram de todos, uma vez que não havia mais propriedade particular; e eram alegres e de coração simples; e viviam a louvar a Deus; e todo o povo gostava deles, e o grupo crescia diariamente. Diariamente, portanto, havia gente acreditando em Cristo, se unindo ao grupo, abrindo mão de suas propriedades e bens e colocando tudo à disposição de todos.
Essa Igreja era a Comunhão dos santos – chamados e trazidos para fora do império das trevas, para servirem ao Criador, no Reino da Luz.
Essa Igreja não precisava orar por necessidades materiais e sociais, bastava contar para os irmãos, que a comunidade resolvia a necessidade deles.
Deus havia respondido, a priori, todas as orações por necessidades materiais e sociais, fazendo surgir uma comunidade solidária.
O pedido: “O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje." (Mt 6.9) estava respondido, e diariamente.
Então, para haver o “pão nosso” não pode haver o pão, o bem ou a propriedade minha, todos os bens e propriedades têm de ser de todos.
Mais tarde, eles elegeram um grupo de pessoas, chamadas de diáconos – garçons, para cuidar disso (At 6.3). Então, diante de qualquer necessidade, bastava procurar os garçons, que a comunidade cuidava de tudo. Era o princípio do direito: se alguém tinha uma necessidade, a comunidade tinha um dever.
Essa Igreja não existe mais!
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
DESEJO MISSIONÁRIO
O Pão que dá vida (Escrito em 05/11/2004, por Wallas Saraiva)
CONVITE ESPECIAL
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Manobra abortista e homossexualista do presidente Lula
domingo, 9 de agosto de 2009
Existe perseguição religiosa no Brasil?
Ainda não, mas poderá existir. Segundo alguns evangélicos, caso se aprove a Lei da Homofobia
Por Eclésia
Todos os direitos a Revista Eclésia.
Link: http://www.eclesia.com.br/revistadet1.asp?cod_artigos=626
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Novelas e suas influências malignas
A função social das novelas "versus" carência de conceitos morais. Quais as influências no munido jurídico ?
por Bruno Soares de Souza
A saúde mental também depende muito de como a alimentamos. Se diariamente inundamos a mente com idéias e objetivos moralmente corretos, estaremos propensos a nos conscientizar que é preciso evitar o preconceito, a discriminação, o ódio, a infidelidade conjugal e a mentira, independentemente de haver leis expressas tipificando-as como condutas ilícitas. Se, por outro lado, deixamos de rejeitar idéias que são contrárias ao nosso senso de moral, ainda sabendo que as informações passadas representam opiniões única e exclusivamente de um autor, é um primeiro indício de nossa aceitação. Alguns autores exploram realidades cotidianas em suas peças com o intuito de alertar as autoridades públicas para buscarem soluções, mas acabam também atingindo toda a sociedade.
A indefinição quanto à aceitação do que realmente vem a ser considerado como uma moral universal continua deixando sua marca na sociedade. A moral pode variar em cada pessoa por causa de sua bagagem cultural, seu modo de vida e sua religião. Em razão disso, algumas pessoas invocam tal incerteza como desculpa para sua conduta dissoluta ou para aceitarem pacificamente o que a televisão impõe em seus lares. E acrescentam que o papel principal de definir condutas parte do próprio Estado, descrevendo-as através de normas que devem ser seguidas. E se estas não existirem, ou forem omissas, são, então, permitidas. Outros confiam nas escolas como formadoras de opinião e responsáveis por ensinar regras morais aos alunos.
Pensar que o Estado será eficaz, embora bem intencionado, em definir padrões aceitáveis de comportamento, é desconhecer a realidade e desconsiderar que as relações humanas em muito transcende a limitada capacidade estatal de definir toda e qualquer conduta reprovável.
O papel das escolas, indo além de ensinar apenas o be-a-bá, muito embora com valiosos esforços de professores dedicados, tende a dar pouco resultado. Quando os alunos retornam às suas casas são bombardeados com cenas de degradação familiar e moral em quase todo programa de televisão. Inclusive os desenhos animados agora apresentam vívidas cenas de violência. A conseqüência é a criança se tornar igual àquilo que ela vê, nutre e carrega na mente. Um dos maiores engodos usados pelos fabricantes de chocolates e balas é convencer a criança de que não importa o conteúdo, basta apenas uma embalagem colorida e atraente, dissimulando o aspecto pouco nutritivo do alimento e atraindo a sua atenção que ela acaba não resistindo. E os adultos também são vulneráveis a isso.
A forte influência da tecnologia moderna, incluindo as virtuais como a internet e principalmente as novelas, tem contribuído para a ampliação de certos conhecimentos. Temas com forte cunho social, à exemplo de “Páginas da Vida”, sensibilizou milhares de pessoas a evitarem o preconceito aos portadores de necessidades especiais, incentivando a se engajarem nessa causa. Outros temas polêmicos como adoção de crianças negras por casais não negros, os desafios de padrastos e madrastas com a apresentação de dicas para uma convivência pacífica, a necessidade de se buscar ajuda especializada para o tratamento da dependência química e campanhas para desestimular o consumo de produtos piratas, também têm revertido em resultados práticos à sociedade.
Há pouca dúvida de que tais meios de comunicação eficazes e de fácil acesso tenham amplo potencial para beneficiar toda uma sociedade. Podem familiarizar o telespectador com o modo de pensar, o modo de vida e as circunstâncias que são transmitidas. Daí, “precisamos entender que a novela tem seu poder de levar as pessoas a refletirem, e muitas vezes induzindo há determinados conceitos nocivos à estrutura da família” e aos valores moralmente corretos. Apesar de também enfocarem o aspecto social, existem várias nuanças margeando o enredo de uma novela, e a maioria dos seus personagens não representam tamanha preocupação com aspecto social.
Infelizmente, as novelas hoje enfocam necessariamente as traições, mentiras, brigas conjugais e separações por questões egoístas, revelam a falta de orientação e preocupação quanto aos padrões de moral. Muitas vezes convencem os telespectadores que, por assistirem todo dia a mesma cena, aquilo que vêem não passa de uma conduta absolutamente normal, que daqui a alguns anos quem não se adaptar ficará ultrapassado e será considerado tolo. A ênfase principal, além de materialista, é a indiferença para com os sentimentos dos outros, e muitas vezes, embora de maneira sutil, recheada de perversão e práticas imorais. Além disso, escondem que “cada mentira apresentada como desculpa para a infidelidade exige outra para apóia-la, colocando quem a pratica num círculo vicioso”, como que numa areia movediça da qual não conseguirá sair. Lamentavelmente não podemos negar isso.
Se pesarmos numa balança o impacto da função social passado pela novela e a carência de conceitos morais pela propagação de condutas dissolutas, provavelmente o peso dessa carência será maior. O que se encena é a lição de felicidade a todo custo, e pior, felicidade conseguida somente se houver traição de seu parceiro. “As novelas mostram a traição como algo banal”. A isso, acrescente-se a confusão na troca de casais. “Mudam os pares, os amantes, os maridos, as mulheres e todos têm filhos com todos”. Nas novelas, o adultério tornou-se um passatempo livre de qualquer vergonha ou sentimento de culpa.
Além de cenas de adultério em razão de problemas do casal, são também comuns cenas de traição e trapaças sem qualquer motivo. “A traição tem sido a causa de muitos crimes e de traumas tão profundos que muitas vezes migram para outras manifestações psicológicas e transformam as pessoas em seres feridos crônicos. A pessoa traída pode desenvolver dificuldades de partilhar para novos relacionamentos, pode perder a confiança no mundo, nas pessoas, na vida e na sua própria capacidade de encarar a “imagem de si mesma”.
O impacto causado pelos temas tão liberais das novelas em décadas de programação com apego a uma conduta desleal, mas sem qualquer conseqüência, vem conseguindo alterar as percepções e os valores do público a ponto de perderem, ainda que não totalmente, “a capacidade de ficar chocado”. “Certamente não é um desenvolvimento positivo para uma sociedade envenenar o cérebro” do público televisivo.
Como conseqüência mais marcante e atual dessa perniciosa influência, temos a revogação do crime de adultério, previsto anteriormente no art. 240 do Código Penal Brasileiro. Muito embora essa prática seja comumente apresentada nas novelas como algo normal, a sua descriminalização não implica no seu aceite moral, ou que a parcela da sociedade que ainda nutre valores de respeito e fidelidade mútuo passou a incentivá-lo. Com o aumento e incentivo dessa prática, ainda que indiretamente, nas novelas e filmes, tal artigo já estava em desuso. Mas, definitivamente, não podemos negar a força que esses programas exerceram na retirada desse crime do Código Penal.
O novo Código Civil, art. 1521, excluiu também tal prática como impeditiva de novo casamento. “Ou seja, atualmente, o cônjuge adúltero pode livremente casar-se com seu companheiro de adultério”. Outro exemplo de conseqüência jurídica dessa influência está no art. 1572 do mesmo diploma legal. Está escrito que “qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum”. Existe grave violação dos deveres do casamento maior que marcar encontros com outros parceiros, mentir a respeito de atividades secretas para alimentar um sentimento pervertido e imoral? Para muitos cônjuges “a obtenção de fantasiosos prazeres extraconjugais, até por meio de salas de bate-papo tornou-se prioridade a ponto de privá-los de alegrias que por outro modo talvez não tivessem”.
O mundo jurídico também sofre outras conseqüências. Mesmo que cada pessoa deva responder pelos atos que praticar, o resultado de uma conduta juridicamente reprovável quase sempre transcende a vida do próprio agente. “Embora chocantes, as estatísticas sobre infidelidade e divórcio não revelam o pleno impacto que causam no cotidiano das pessoas. Além das enormes implicações financeiras, considere a colossal dimensão dos sentimentos embutidos nessas estatísticas – os rios de lágrimas derramadas, as imensuráveis confusão, pesar, ansiedade e dor excruciante que a infidelidade provoca, bem como as incontáveis e angustiantes noites em claro que os familiares passam. As vítimas em geral sobrevivem à provação, mas com cicatrizes que provavelmente durarão muito tempo. Não é fácil apagar a dor e os danos provocados.”
Apesar das conseqüências danosas, como poderá o cônjuge traído pleitear em juízo danos morais se nem mesmo a sociedade, de um modo geral, considera mais o adultério uma prática condenável? Como ensinar um filho para manter-se fiel à esposa se diariamente o que se ensina é totalmente o contrário? Como manter programas sociais que envolvam toda a família se o que se aprende é a facilidade com que casais se separam nas novelas?
Pelo que se vê, no mesmo lastro de descriminalização estão a bigamia (art. 235 CP), a apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza (art. 169 CP), casa de prostituição (art. 229 CP), ato obsceno (art. 233 CP) e escrito ou objeto obsceno (art. 234 CP).
A bigamia, ou seja, “contrair alguém, sendo casado, novo casamento”, está com sua estrutura abalada há tempos. O respeito pela instituição familiar, por muito tempo considerada como sagrada, está tão desgastada que a desculpa pela infidelidade se resume, por incrível que pareça, ao difícil convívio familiar. As novelas e filmes têm dado ênfase à chamada “liberdade sexual” e um estilo de vida fora dos padrões morais com casais que trocam de parceiros ou que incentivam relacionamentos extraconjugais. As novelas “têm promovido uma cultura que poluiu a mente e o coração tanto de jovens como de adultos” e será muito difícil reverter tal cenário.
Os crimes de ato e escrito obscenos e apropriação de coisa havida por erro são praticados tão inconscientemente que nem nos apercebemos que os cometemos ou que os favorecemos ou os apoiamos indiretamente. O tipo penal “exibição cinematográfica de caráter obsceno em lugar acessível ao público” também se enquadra, de um modo geral, às novelas. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira define a palavra “obsceno” como, também, uma atitude desonesta. Constantemente atos, palavras e gestos obscenos ou cenas de desonestidade são vistos nas novelas sem darmos conta da ilicitude de tais práticas, mesmo sem a intenção de ofender o público.
Quanto ao tipo penal do art. 169, a maioria das pessoas de bem repugnaria a idéia de arrombarem uma loja e roubarem mercadorias das prateleiras. Mas não acham nada demais apropriar-se da mesma mercadoria quando são entregues equivocadamente pelo correio. Ou quando encontra “coisa alheia perdida e dela se apropria”, ou restitui ao dono apenas parte do que foi encontrado, será isto muito diferente de furtar? A realidade está sendo distorcida pelo que vê na televisão, transmitindo a idéia que as boas intenções sempre servirão para justificar os erros.
Quer percebamos essa influência, quer não, nossos pensamentos e sentimentos podem ser sutilmente dominados pelo que vemos e ouvimos na televisão. As imagens que os olhos transmitem à mente podem afetar profundamente os pensamentos e as ações de quem as vê. Pessoas preocupadas com a boa alimentação física estão em constante monitoramento do que ingerem. De maneira similar, telespectadores que prezam a saúde mental e moral não engolem indiscriminadamente qualquer “alimento” que a televisão lhes oferece.
Afastar dos olhos o que for imprestável nem sempre será fácil. Por outro lado, isso não significa que todas as novelas ou programas de televisão sejam ruins. O mesmo se aplica a livros, revistas, vídeos, jogos de computador e outras formas de diversão. É óbvio, porém, que muita coisa chamada de diversão é imprópria para quem deseja manter uma mentalidade sadia, assim como muitos alimentos são inadequados para determinadas pessoas.
Quem acredita estar sendo mais beneficiado pelo tema da novela do que pelas cenas diárias engana a si mesmo. Como qualquer paciente que precisa escolher qual o tratamento mais adequado, assim também os telespectadores precisam escolher o que julgam como a melhor opção de entretenimento. Isto significa fazer uma decisão avaliando os riscos e os benefícios.
Aqueles que impropriamente classificam as novelas atuais como apenas ficção inofensiva, também desconsideram as suas influências. Pensam que estão imunes. Este tipo “automático de ceticismo talvez não sirva de proteção para as formas mais sutis como quando as novelas mexem com as emoções”. “Um dos melhores truques da televisão é jamais revelar quanto ela influi em nossos mecanismos psíquicos”. “Talvez a intenção do autor dessas novelas seja trazer a sociedade para a reflexão de suas feridas mais profundas, mas será que a bala não sairá pela culatra? Como dizer a uma criança que o que ela está vendo é bricadeirinha entre os casais se muitas delas, de pais separados, têm dificuldade de encarar um padastro ou uma madastra legalmente constituídos?”
No âmbito familiar nem todos são iguais ou compartilham o mesmo pensamento. Acompanhar diariamente os capítulos expondo os filhos a cenas de banalização da moral lentamente contribuirá para minar suas consciências e seus sensos de justiça. Personagens adúlteros sequer são tratados como tal e um incidente pequeno desses em cenas de traição e desrespeito é assimilado facilmente, ilustrando a necessidade de os pais se precaverem quando fazem a opção de incentivar ou permitir que seus filhos assistam a tais programas. Aquilo que vemos e ouvimos acaba por afetar também o centro de nossas motivações e nossa capacidade de tomar decisões corretas na questão de moral pode ficar prejudicada. É óbvio que “traumas de infância podem ter um efeito adverso na pessoa como adulto”. Mas as conseqüências, precipuamente as penais, nem sempre admitem como justificativa de um comportamento adulto violento ou imoral, o constante incentivo de cenas violentas enquanto criança pela televisão.
As novelas criam um ambiente livre de conseqüências lamentavelmente inescapáveis, obscurecendo a linha divisória entre a realidade e a irrealidade. “As leis da consciência, da boa moral e do controle de si” estão sendo substituídas pela “lei da satisfação imediata”.
A exposição constante a esse baldio entretenimento, além de consumir tempo precioso, acaba por motivar a falta de amor sincero, improdutividade no trabalho, desapego à família e desunião amorosa. O que é também preocupante “é a definição de amor, amizade, carinho, compreensão e honestidade que ficará na cabeça das gerações que no futuro influenciarão o comportamento da sociedade brasileira, onde a novela diz que tudo é possível”. Também “a idéia da falsa alegria, do falso prazer, da banalidade das relações e das coisas da vida fácil tanto quanto já é fácil para muitos jovens pegar em uma arma e assaltar ou se estabelecer como traficante de drogas”. Por outro lado, filhos bem treinados aprendem a obedecer e respeitar qualquer pessoa.
Compreender o que está sendo transmitido e ter o discernimento de rejeitar cenas impróprias é uma atitude sábia que serve para dar força àquilo que sabemos como correto e justo. Por exemplo, uma pessoa talvez tenha o conhecimento e sabedoria prática e uma perícia para guiar um automóvel. Mas se compreender como funciona o motor, como são montados e se interagem os diversos componentes, e quais as peças com maior probabilidade de apresentarem defeitos, será um motorista ainda melhor. Um motorista mais sábio. Deveras, é importante ‘travar uma luta árdua’ e evitar diversão que nos incite a fazer o que é mau.
Evidentemente que assistir ou não uma novela ou optar pela leitura de um bom livro é assunto de decisão pessoal e familiar. Mas se os pais decidirem que seus filhos poderão assistir quaisquer novelas, filmes e programas na televisão será conveniente esclarecer que aquilo que parecer ser certo e comum nem sempre é bom. Escolher fazer o que é certo não será fácil, mas sempre ficaremos felizes se assim fizermos.
FONTES
Decreto-lei n° 2.848, de 07/12/1940.
Lei n° 10.406, de 10/01/2002.
http://www.ataide.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=199673
http://www.joacir.jor.br. José Joacir dos Santos. As novelas banalizam o amor e valorizam a traição.
Watchtower Library, edição de 1997, v.3, g91 22/5 Será que a televisão também o transformou?
Watchtower Library, edição de 1997, v.3, g93 8/8 Que rumo está tomando a moral?
Watchtower Library, edição de 1997, v.3, g99 8/7 Como manter uma mentalidade sadia.
Watchtower Library, edição de 1997, v.3, g99 22/4 Os trágicos resultados da infidelidade.
Revista Jus Vigilantibus, Sexta-feira, 30 de março de 2007