A sociedade muda com o tempo. Melhor,
os costumes sociais mudam. Segundo a maioria dos tabloides e “intelectuais”,
isso é modernização, evolução, etc. No meu ponto de vista, como dizia Cazuza, “eu
vejo o futuro repetir o passado, vejo um museu de grandes novidades”, ou seja,
não existe nada realmente novo debaixo do sol, e sim costumes outrora remotos,
ressurgem através de um novo defensor. Mas vamos ao que interessa. Como cidadão
brasileiro, vejo com tristeza o que estão fazendo com os recursos do SUS –
Sistema Único de Saúde, que passa a contemplar em suas coberturas assistenciais
a chamada “cirurgia de mudança de sexo”. Não entendo, num país onde para ser
realizado um exame, demoram-se meses, defender tão fortemente esta iniciativa.
Não venho me portar como um preconceituoso, nada tenho contra os homossexuais,
porém, acho que existem prioridades mais importantes e necessárias, como por
exemplo, melhorias e mais rapidez no início do tratamento de cardiopatias
(incluindo cirurgias), do câncer (onde existem filas de espera para início de
tratamento no INCA) e melhoria na infraestrutura dos hospitais públicos. Estas
doenças atingem toda a população, seja negro, branco, índio, pardo,
homossexual, heterossexual. Por estas e outras razões, melhor, inovações no
sistema, é que o básico não é resolvido. Por que um jovem falece por ter de
esperar meses, e até anos para corrigir um defeito cardíaco congênito, ao passo
que uma pessoa descontente por ter nascido homem ou mulher, tem prioridades
para resolver seu transtorno de gênero através de cirurgias bancadas por nós,
cidadãos? Isso mesmo. Quem paga a conta sou eu e você, já que nós é que pagamos
impostos, taxas disso e daquilo, que são repartidas pela União para gastos como
saúde, educação, etc. (máquina pública). Em um país onde doenças tropicais de
3º. Mundo ainda matam milhares, agora mais um gasto, melhor, um novo elefante
branco na Saúde Pública. Não se esqueça: segundo a CF 88, o poder emana do
povo, através do voto! Este país está uma vergonha!