PREGADOR WALLAS SARAIVA

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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Templo do Senhor ou Casa do Senhor?


2 º. Crônicas, 2.1a: "E determinou Salomão edificar uma casa ao nome do Senhor"
Observando bem o processo de construção que o templo dedicado à Deus por Salomão, posso perceber como era a dedicação que Salomão e os construtores depositaram na obra. Os materiais eram de primeira qualidade (por exemplo, toneladas de ouro, prata, madeira importada). As pedras eram bem trabalhadas, um formato perfeito. Havia uma grande expectação para a conclusão desse mega-projeto. O templo foi tomando forma, a emoção invadia o coração do povo, e, assim, depois de mais de 7 anos de construção, a obra é concluida. Era a representação de Deus com o povo e havia restrições acerca de algumas tarefas existentes no templo, como por exemplo, somente o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos. A inauguração foi marcada pela presença de Deus através de uma manifestação magnífica após a oração feita por Salomão, alegrando assim todo o povo, confirmando sua aceitação da construção, mesmo que saibamos que Deus não habita em tendas nem em templos feitos por mãos (At 17.24). Mas os anos se passaram, Israel foi se corrompendo, e o templo, após 374 anos de sua fundação, foi invadido, incendiado, e derrubado, e seus utensílios levados para a Babilônia, por Nebuzaradã, capitão do exercito caldeu (2 Rs 25.13-17). Aquilo que era objeto de orgulho nacional tombou. Creio que virou "habitação de chacais", resultado das práticas pecaminosas que Israel e Judá haviam sido praticantes (Jr 25.1-11). o que eu aplico pessoalmente, tirando desse juízo concernente ao povo de Judá, é que, se não cuidarmos de nossas vidas conforme Deus exige, ficaremos como Judá: levados ao cativeiro. Posso analisar como é triste olhar um irmão que deixou de lado o seu zêlo, seu amor pela obra do Senhor Jesus - ele já não cede espaço para Deus operar, o Espírito Santo se afasta devido ao pecado vexaminoso, e também já não busca o perdão, pois como o povo de Judá, a indiferença, a auto-suficiência já invadiu o coração. Existe, em nossos dias, um inchaço em nossas igrejas, provocado pelo orgulho espiritual que está tomando conta do coração de muitos crentes. O resultando é frieza, discussões, abusos, falsas profecias (profetadas), é o desvio do alvo da santidade, do amor fraternal, pois nesse ponto, Jesus se torna um boneco, ou seja, a pessoa acha que pode fazer o que quiser sem ter de prestar contas à Deus. O pecado não é mais tido como tal, e, sendo assim, fica-se afastado de Deus. (Is 59.2-8). O templo do Espírito Santo, que é o nosso corpo, se transforma em um lugar profano, onde Deus não mais habita. Mas, enquanto há vida, há esperança. E o Senhor nos mostra isso através de um avivamento que ocorreu em meio ao fim do exílio, avivamento que teve dois homens como principais ferramentas utilizadas por Deus: Esdras e Neemias. O povo retorna à Jerusalém, e conseguem enxergar a situação deplorável que a cidade se encontrava. Obras de reformas, tanto de ordem física (obras, reformas dos muros) como espiritual ( o reconhecimento do pecado da nação, a volta ao verdadeiro relacionamento com Deus, incluindo a separação dos casamentos mistos, isto é, casamentos de judeus com estrangeiros, foram pontos marcantes na vida do sacerdote e escriba Esdras e do governador  e copeiro Neemias. Mas para que essa reforma e restauração ocorressem, uma parte de suas vidas foram dedicadas unicamente à causa do Mestre. A oposição veio, principalmente da parte de Sambalate, Tobias e Gesém, mas Neemias, que supervisionava a reconstrução dos muros não permitiu que sua fé se abalasse e muito menos pensou que a reconstrução fosse cessar, antes, permitiu que Deus operasse aquele milagre (já que o muro media 2.500 metros de comprimento e foi construido em 52 dias, sem os recursos de engenharia que hoje possuimos). Para haver uma mudança real em nossas vidas, temos que abrir caminho para Jesus operar. Pode ser que os muros que nos cercam estejam cheios de brechas, e com isso, raposas, cobras estejam penetrando em nossas vidas, tirando a santidade que convém á Casa do Senhor, mas se permitirmos Deus operar a restauração, e, assim como Neemias e seus construtores, decidamos não apenas restaurar o muro, mais também tornarmos posição de valente, com certeza, os planos do inimigo serão confundidos e nossas vidas tornar-se-ão um templo não apenas repleto de poder vindo do Espírito Santo, mas também seremos exemplos de vida em todos os aspectos, mostrando á sociedade que o povo do Senhor é vitorioso por obedecer ao Rei. Os muros que circundam nossas vidas devem ser edificados com oração, jejum e uma comunhão contínua com Deus. O templo, como corpo, já pode ter sido restaurado, como este já estava, mas deve haver preocupação de nossa parte em protegê-lo, assim como brotou esse desejo no coração de Neemias. Aproximadamente 50 anos se passaram, e o povo judeu retornava á Jerusalém, com a missão de reconstruir o templo, que fora derrubado pelos caldeus, á serviço de Nabucodonosor, juntamente com a cidade. Notemos bem que a Jerusalém que Zorobabel, Josué e os demais 60 mil não era a colossal cidade de aproximadamente 50 anos atrás; antes, estava em ruinas, como uma cidade iraquiana bombardeada pelos EUA. O templo, principal monumento  da nação, e símbolo da presença de Deus, estava derribado. O que fazer? Mãos à obra, e o povo começa a reconstruir, em princípio, o altar do templo, buscando assim uma nova comunhão com Deus, que havia sido rompida pelos pecados da nação, pecados esses que custaram o exílio, onde primeiramente Israel foi e logo após, Judá. Para reatarmos uma comunhão santa, legítima com  Deus, há a necessidade de reconhecermos nossos erros e buscarmos, através do sangue de Jesus, uma purificação de nossos pecados. 

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